O problema é que desde o início que sabemos que haverá um fim, não sabemos
quando nem onde muitas vezes nem porquê, mas continuamos, aproveita-mos os dias
quase até ao máximo, deixamos muitas oportunidades para um amanhã que nem
sabemos se irá existir. Uns optam por sonhar com um sempre que até hoje nunca
vi tal coisa, fazem planos para o futuro, sonham demasiado alto devo dizer… até
ao dia em que o sempre que supostamente seria cumprido e as promessas e juras
são levadas pelo vento. O ódio aparece, já sem querer e o passo que todos
pensamos que vai dar ao amor, desmorona-se. Começam a perguntar-se o porquê de
terem feito isto e aquilo, tentam jogar a bola para a frente e quando lhes
perguntam onde estão os projectos planeados, dão uma pequena gargalhada pois
sabem que daqui a uns tempos já os podem realizar com uma pessoa diferente.
Todos conhecemos um caso assim, mas, por outro lado conhecemos aquele/a que
numa ilusão perde tempo atrás de um amor impossível, aquele/a que já conhece o
fim e as palmas dos inimigos, mas que nunca desiste. Que está diariamente a
dizer que a esperança é a ultima a morrer. Mais, existem aqueles que julgam
nunca amar e ter tudo nas mãos, aqueles que vivem felizes por terem as pessoas
que querem… até ao dia em que alguém lhes vira as costas e eles percebem que o
amor existe e começam a depender desse amor-dor. Nesse dia rebaixam-se e dizem
que existe um/a tal que de olhos fechados lhes roubou o coração.
Conhecemos todos os casos, menos o nosso.
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